Domingo, 3 de Agosto de 2008

A Arte da Antiguidade - Arte Germânica

 

A Arte Germânica ou dos povos germânicos, também conhecida como arte bárbara, refere-se à arte dos povos conhecidos genericamente como bárbaros (mongóis, vândalos, visigodos, alanos, francos, anglo-saxões, suevos, entre outros) que, depois da queda do Império Romano, avançaram definitivamente sobre a Europa. Todos estes povos tiveram uma origem comum na civilização celta e tal como a arte celta também a germânica se manteve até á Idade Média.

A arte germânica, devido á sua originalidade, lançou as bases da arte europeia dos sécs. VIII e IX.

 

- Os bárbaros, como povos nómadas, desenvolveram uma grande destreza no fabrico de objectos facilmente transportáveis, fossem eles de luxo ou utilitários. Deste modo destacam-se na ourivesaria, na fundição e moldagem de metais, tanto para o fabrico de armas como de jóias (braceletes, colares, anéis, etc), e nas técnicas de decoração correspondentes, como a tauxia ou damasquinagem, a entalhadura (arte de cortar ou entalhar a madeira) e a filigrana (trabalho ornamental feito de fios muito finos e pequeninas bolas de metal soldadas de forma a compor um desenho); os desenhos decorativos destas peças baseavam-se em animais estilizados e em motivos geométricos, principalmente, a roda e a cruz. Não se dedicaram ao desenho da figura humana;

 

 

Ourivesaria Germânica

 

Objectos em bronze

 

   

              Cruz visigótica                                      Cálice em ouro

 

Cálice de Ardagh

 

   

Coroas votivas

 

- Quase totalmente desprovidos de arquitectura, os bárbaros apropriaram-se das formas da Antiguidade tardia e da arte Bizantina, às quais acrescentaram alguns elementos próprios.  Os francos (França) usaram nas suas construções salas retangulares de três naves e absidesemisircular, com silharia de madeira para as igrejas, e cúpula para os batistérios; os ostrogodos (Itália) ergueram edifícios mais representativos e ricamente decorados com pinturas a fresco e mosaicos, nos quais combinaram as formas bizantinas com as romanas; os visigodos (Península Ibérica) procederam à recuperação de edifícios romanos nos centros de cada cidade, aos quais juntavam uma igreja cristã, geralmente de planta em forma de cruz latina, com naves de alturas diferentes e decoradas com relevos e frisos;

 



Interiores e exteriores da Igreja de Santa Comba de Bande

 

 

Interiores e exteriores da Igreja de San Pedro de la Nave

 

 

- A escultura em pedra foi destinada à decoração de igrejas e batistérios, na forma de relevos planos, capitéis e sarcófagos, seguindo o estilo do Império Romano. A entalhadura do marfim também foi muito usada e continuou-se com a tradição dos dípticos consulares de influência bizantina, cujas formas foram adoptadas na confecção de capas de livros evangélicos e Bíblias;

 

Dama de Elche

 

- Desenvolveram ainda a pintura de livros e manuscritos - iluminuras (de carácter ornamental, geometrização e elementos zoomórficos) - e a tapeçaria.

 

Uma das ilustrações do Evangelho de Lindisfarne

 

Uma página do livro de Kells

 

Manuscritos

Publicado Por Cíntia Pontes às 19:55
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