A arte etrusca refere-se à arte da antiga civilização da Etrúria localizada na Itália central (actual Toscana) e que teve o seu apogeu artístico entre os séculos VIII e II a.C.
As origens deste povo, e consequentemente do estilo, remontam aos povos que habitavam a região (ou a partir dela se deslocaram) da Ásia Menor durante a Idade do Bronze e a Idade do Ferro , mas também de outras culturas influenciaram a sua arte (por proximidade ou contacto comercial), como a assíria, egípcia, fenícia, grega e a oriental. Mas o seu aparente carácter helenístico simples (visto que o seu florescimento coincide com o período arcaico grego) esconde um estilo único e inovador de características muito próprias que viria a influenciar profundamente a arte grega e romana.
- Os artistas etruscos eram artesãos de grande habilidade. Executaram objectos (esculturas, peças em cerâmica, espelhos, caixas, etc) de grande qualidade e maestria utilizando materiais como a terracota, a pedra, o barro, o bronze e outros metais;
Estátua em bronze
Esculturas em terracota
Escultura em pedra
Relevos em bronze
Relevos em pedra
Espelho em bronze
Jarro em barro
Cerâmica etrusca
- Conceberam também peças de joalharia em ouro, prata e marfim e um tipo de cerâmica negra denominada Bucchero.
ARQUITECTURA
Para além de uma grande variedade de artes decorativas, os etruscos desenvolveram construções arquitectónicas tais como templos religiosos que se assemelhavam aos templos gregos mais simples, mas sem a típica elegância dos mesmos e com algumas diferenças: eram templos de pequenas dimensões, com planta rectangular e sem peristilo; possuiam base em pedra, estrutura em madeira e revestimento em barro na arquitrave e beirais; pelo lado Sul e subindo os degraus do podium, tinha-se acesso a um pórtico com duas filas de quatro colunas; construiram também palácios, edifícios públicos, aquedutos, pontes, esgotos, muralhas defensivas e desenvolveram projectos de urbanismo onde a cidade se articulava a partir de um centro que resultava da intersecção das duas vias principais (cardo, sentido Norte-Sul e decumanos, sentido Este-Oeste). Utilizaram o arco de volta-perfeita, a abóbada de canhão e a cúpula.
Utilização do arco de volta-perfeita numa construção etrusca
ARTE FUNERÁRIA
Em escavações feitas em túmulos subterrâneos encontraram-se urnas de barro (onde se colocavam os restos mortais) com elementos escultóricos que representavam elementos anatómicos do falecido (por exemplo, tampas em forma de cabeça); bustos (invenção etrusca); esculturas e relevos em sarcófagos onde, numa fase posterior, as figuras humanas, em tamanho real, surgem reclinadas sobre a tampa como se de um leito se tratasse (estátuas jacentes). Embora a estatuária etrusca apresente uma nítida influência grega, no caso das estátuas jacentes, os etruscos não usaram a pedra, mas sim materiais mais brandos que possibilitaram uma modelação mais elástica, fluida e arredondada, dando ás figuras uma natural espontaneidade e naturalismo.
Busto em bronze
Urnas etruscas
As câmaras funerárias, que retratam o interior de uma habitação, possuem tecto em abóbada ou falsa cúpula e são revestidas de pinturas murais a fresco, que retratam cenas mitológicas, do quotidiano e rituais funerários, com carácter bi-dimensional, estilizado (formas delineadas a negro) e com cores vivas e atmosfera jovial. Numa fase posterior, esta atitude de festividade perante a morte sofre alterações, possivelmente pela influência da arte grega do período clássico - as figuras passam a ter uma atitude pensativa e de incerteza perante o final da vida e as pinturas tornam-se mais sombrias e mórbidas, encendo-se de demónios e monstros que acompanham os mortos para o mundo subterrâneo.
Praticam ainda pinturas a fresco com temas narrativos e anedóticos. As cores mais usadas foram o vermelho, verde e o azul pois possuiam conotações religiosas.
ARTE MICÉNICA
- Caracterizou-se principalmente pelo desenvolvimento da arquitectura, tendo como modelo o megaron micénico (sala central do palácio de Micenas); contrariamente à arquitectura minóica, a micénica possui um forte sentido militar onde se observam fortalezas rodeadas de muralhas edificadas em pedra com grande precisão. O palácio divide-se em três áreas simples: um pórtico com duas colunas leva à antecâmara que antecede a grande sala de audiências, rectangular e com quatro colunas a envolver uma lareira central circular; ao redor dos palácios, no interior da cidadela, e também do lado de fora, junto às muralhas, haviam várias casas de planta retangular e diversos cômodos, um deles habitualmente com lareira. As paredes eram de tijolo seco ao Sol, barro comprimido reforçado com cascalho, vigas de madeira, ou uma combinação disso; as fundações eram de pedra, ou de simples cascalho misturado com barro. O telhado era provavelmente plano, composto de uma estrutura de madeira recoberta de reboco ou terra - casas dos cidadãos mais ricos e influentes da sociedade micénica; os mais pobres viviam em cabanas de um ou dois cômodos situadas fora das muralhas. As paredes eram de tijolos secos ao sol ou de madeira, o chão era de terra batida e o telhado, plano, era em geral recoberto de palha;
Fundações de uma casa particular localizada do lado de fora das muralhas da cidadela de Micenas Reconstituição da acrópole de Micenas Galeria da muralha de Tirinto - Desenvolveu-se ainda o artesanato em cerâmica, decorados com cenas do quotidiano e motivos florais e animais; Vaso decorado com cena de funeral e prossição
- Apesar da forte influência cretense, a arte micénica desenvolveu elementos peculiares, distanciando-se das influências orientais; do Antigo Egipto receberam influências relacionadas com o culto dos mortos, nomeadamente no que diz respeito à construção de câmaras funerárias em pedra;
- A escultura foi uma modalidade pouco praticada. Destacam-se os relevos tumulares, cujos temas eram cenas de caça e guerra, com as populares espirais interligadas; as esculturas em pequena escala, em terracota pintada, como as "deusas do lar" - phi e psi (figuras femininas de pé, em diversas atitudes, e com grande estilização) e as "deusas domésticas" (estatuetas femininas pintadas, de base cilíndrica, traços estilizados e braços levantados, e pequenas figuras de animais com desenhos pintados) e ainda as esculturas em grande escala associadas á arquitectura (como a Porta dos Leões, em Micenas, onde se vêm dois leões virados para uma coluna micénica, inseridos na muralha defensiva. Neste exemplo são notórias as semelhanças com a tradição da escultura mesopotâmica, pela imponência e severidade formal);
Porta dos Leões
Relevo tumular
Pequena escultura em marfim de uma pyxis (caixa de cosméticos)
Estatuetas em terracota e marfim, respectivamente
- Primorosos trabalhos em metal e outros materiais e a joalharia, que receberam grande influência da arte minóica, no tratamento formal e na técnica (se é que não terão mesmo sido produzidos por artesãos vindos de Creta); destacam-se os punhais com incrustações, ornamentos para indumentária, diademas, broches, alfinetes, colares e as famosas máscaras funerárias em ouro, que serviam para cobrir o rosto do falecido;
Jóias do Tesouro de Egina
Máscara funerária de Agamémnon, ouro
Anel em sinete de ouro, com cena de caça
Diadema em ouro
Pormenor de uma arma micénica, bronze e incrustações em ouro, prata e niello
Taça em ouro
Vaso de cristal de rocha em forma de pato
- A pintura micénica teve como principais temas a representação da vida animal (como golfinhos, pássaros, cobras, touros e principalmente felinos, como o leopardo e o leão e ainda animais heráldicos, como grifos) onde é regra aparecerem com as patas dianteiras e traseiras esticadas, símbolo de movimento; cenas de caça, guerra, da vida quotidiana e procissões rituais.
Reconstituição do Megaron do Palácio de Nestor, pinturas a fresco que representam leões e grifos
É comum também apareceram elementos da flora marítima e a espiral, elemento decorativo muito usado, até na arquitectura; a tipologia mais usada na pintura, pela civilização micénica foi a pintura mural a fresco, cujos temas eram cenas do quotidiano e descrições do mundo natural; obras plenas de naturalismo, vivacidade e movimento. A arte micénica, em comparação com a dos minóicos, era solene.
A Arte Egeia ou Arte do Mar Egeu está associada às civilizações que floresceram no mar Egeu antes do aparecimento dos Gregos por volta de 3000 a.C. e que foram principalmente três:
Civilização Cicládica - Civilização do começo da Idade do Bronze, nas Ilhas Cíclades, que durou aproximadamente de 3000 a 2000 a.C;
Civilização Minóica ou Cretense - Civilização que se desenvolveu na Ilha de Creta entre 2700 e 1450 a.C. (O termo "minóico" deriva de "Minos", título dado ao Rei de Creta);
Civilização Micénica - Refere-se à cultura dos aqueus, um povo que se estabeleceu na costa sudoeste da Grécia aproximadamente entre 1600 e 1100 a.C., no período final da Idade do Bronze, e que conquistou a ilha de Creta por volta de 1450 a.C.
ARTE CICLÁDICA
- Cerâmica decorada com formas lineares, espirais e curvilíneas;
- Ídolos esculpidos em mármore que vão de poucos centímetros ao tamanho natural, com características abstratas: a cabeça é um ovóide e o único relevo é o nariz;
- Pequenas figuras de homens tocando lira ou flauta e mulheres segurando crianças;
- Simplicidade, austeridade, singeleza, contenção das expressões religiosas, ausência de ornamentos, formas minimalistas.
ARTE MINÓICA
Sala do Trono
Uma das salas do palácio
Palácio de Cnossos (ou Minos)
Palácio minóico
- As paredes dos palácios eram decoradas com magníficas pinturas a fresco que representavam animais selvagens e domésticos (principalmente o touro), figuras humanas em cenas como festas, casamentos e colheitas e ainda figuras geométricas, plenas de cores vivas e garridas; as pinturas apresentavam um certo grau de estilização egípcia que se evidencia no modo como se repetem esquematicamente as figuras humanas, mas a representação minóica destaca-se pelo naturalismo, realismo, elasticidade, paixão pelo ritmo, pelas ondas e pela flutuação, bastante ausentes na arte egípcia; figuras leves, espontâneas, delicadas e plenas de vitalidade;
Frescos do Palácio de Cnossos
Os Antílopes O Pescador
- A cerâmica, algumas vezes apenas um pouco mais espessa do que a casca de um ovo, destacou-se pela diversidade de formas e funções, progredindo em termos de variedade, refinamento e acabamento. Era decorada com pinturas que apresentavam formas geométricas simples, como triângulos, zigue-zagues e padrões simétricos abstratos. Algumas obras possuíam pequenas imagens do quotidiano, como motivos florais e animais domésticos;
- Os trabalhos em metal, o entalhe em pedras preciosas, os selos de pedras e a joalharia também tiveram um papel importante na civilização minóica.
Deusa da Serpente (trabalho em metal)
Peças de joalharia (detalhes de braceletes)
A Arte Germânica ou dos povos germânicos, também conhecida como arte bárbara, refere-se à arte dos povos conhecidos genericamente como bárbaros (mongóis, vândalos, visigodos, alanos, francos, anglo-saxões, suevos, entre outros) que, depois da queda do Império Romano, avançaram definitivamente sobre a Europa. Todos estes povos tiveram uma origem comum na civilização celta e tal como a arte celta também a germânica se manteve até á Idade Média.
A arte germânica, devido á sua originalidade, lançou as bases da arte europeia dos sécs. VIII e IX.
- Os bárbaros, como povos nómadas, desenvolveram uma grande destreza no fabrico de objectos facilmente transportáveis, fossem eles de luxo ou utilitários. Deste modo destacam-se na ourivesaria, na fundição e moldagem de metais, tanto para o fabrico de armas como de jóias (braceletes, colares, anéis, etc), e nas técnicas de decoração correspondentes, como a tauxia ou damasquinagem, a entalhadura (arte de cortar ou entalhar a madeira) e a filigrana (trabalho ornamental feito de fios muito finos e pequeninas bolas de metal soldadas de forma a compor um desenho); os desenhos decorativos destas peças baseavam-se em animais estilizados e em motivos geométricos, principalmente, a roda e a cruz. Não se dedicaram ao desenho da figura humana;
Ourivesaria Germânica
Objectos em bronze
Cruz visigótica
Cálice de Ardagh
Coroas votivas
- Quase totalmente desprovidos de arquitectura, os bárbaros apropriaram-se das formas da Antiguidade tardia e da arte Bizantina, às quais acrescentaram alguns elementos próprios. Os francos (França) usaram nas suas construções salas retangulares de três naves e absidesemisircular, com silharia de madeira para as igrejas, e cúpula para os batistérios; os ostrogodos (Itália) ergueram edifícios mais representativos e ricamente decorados com pinturas a fresco e mosaicos, nos quais combinaram as formas bizantinas com as romanas; os visigodos (Península Ibérica) procederam à recuperação de edifícios romanos nos centros de cada cidade, aos quais juntavam uma igreja cristã, geralmente de planta em forma de cruz latina, com naves de alturas diferentes e decoradas com relevos e frisos;
Interiores e exteriores da Igreja de Santa Comba de Bande
Interiores e exteriores da Igreja de San Pedro de la Nave
- A escultura em pedra foi destinada à decoração de igrejas e batistérios, na forma de relevos planos, capitéis e sarcófagos, seguindo o estilo do Império Romano. A entalhadura do marfim também foi muito usada e continuou-se com a tradição dos dípticos consulares de influência bizantina, cujas formas foram adoptadas na confecção de capas de livros evangélicos e Bíblias;
Dama de Elche
- Desenvolveram ainda a pintura de livros e manuscritos - iluminuras (de carácter ornamental, geometrização e elementos zoomórficos) - e a tapeçaria.
Uma das ilustrações do Evangelho de Lindisfarne
Uma página do livro de Kells
Manuscritos
A arte Celta é uma das mais ricas manifestações da chamada "arte bárbara". Diz respeito a toda a arte produzida pelos celtas, povos da Europa Central e Ocidental, já desde a Idade do Bronze até à Idade Média (aproximadamente desde o séc. V a.C. até ao séc. I d.C.).
- Os celtas desenvolveram uma arte em metal utilizando o alumínio, o ouro, a prata e o bronze, com incisões, relevos e motivos entalhados. Os objectos produzidos cumpriam funções bélicas (decoração de espadas, escudos, armaduras), religiosas (pinturas e esculturas usadas para afastar os maus espíritos ou para glorificar os Deuses e a Natureza), domésticas e estéticas (adornos pessoais). Uma grande variedade de efeitos decorativos de raiz abstracta e geométrica ou zoomórfica era utilizada para ornamentar as superfícies desses objectos;
Capacete em bronze - Função bélica
Vasilha de prata (Caldeirão Gundestrup) - Função religiosa
Bracelete em ouro
Colar em prata
Jóias em ouro, com algumas incrustrações de pedras preciosas
Ornamento
Moedas
Bracelete em ouro
Cruz celta em alumínio
- Embora predominasse o uso do metal, a cerâmica, a pedra, o marfim, o osso, o vidro, o coral (depois substituído pelo esmalte) e o âmbar, não foram excluídos;
Vaso em cerâmica
- Influências asiáticas e das civilizações do Mediterrâneo (grega, etrusca e romana);
- Utilizaram formas animais e vegetais, criando esculturas com motivos fantásticos;
- A arte Celta sendo essencialmente decorativa, não procurou imitar nem idealizar o real e por isso caracterizou-se pelas tendências geométricas e simétricas;
- Mistura figuras humanas estilizadas com desenhos abstratos arabescos e espirais;
- A arte Celta entrou em declinio no século I a.C. devido à expansão do Império Romano e às incursões de povos germânicos;
- A influência da arte celta encontra-se ainda presente nas iluminuras medievais irlandesas e em muitas manifestações do folclore do Noroeste Europeu, na música e em boa parte da arquitectura da Europa Ocidental. Também muitos dos contos e mitos populares do Ocidente Europeu e a origem do estudo da Filosofia são atribuídos à cultura dos celtas.
A Arte da Antiguidade refere-se a toda a arte desenvolvida pelas civilizações antigas, após a descoberta da escrita, e que se estende até á queda do Império Romano do Ocidente, em 476 d.C., devido ás invasões Bárbaras.
A Arte Mesopotâmica desenvolveu-se ao longo de muitos séculos e de diferentes civilizações, não sendo portanto, muito coesa nas suas manifestações.
A arquitectura, a mais desenvolvida nas artes,não era tão notável como a egípcia. Caracterizou-se pelo luxo e pelo exibicionismo. As principais tipologias foram os palácios e os templos, como o Zigurate, cópias dos existentes nos Céus, feitos em argila, ladrilho e tijolo, pois a pedra era escassa na região.
ARTE SUMÉRIA
- Pré-história / Séc. VI a.C.
- Arte da antiga Suméria, localizada no Sul da Mesopotâmia (actualmente Iraque).
- O aspecto dominante da arquitectura Suméria era o templo-torre ou Zigurate (torre piramidial de base retangular, composta por sucessivos andares, cada um menor que o anterior; construção religiosa). As suas fachadas possuem colunas com decoração de lápis-lázuli, conchas e madrepérola; outras tipologias foram os palácios e as câmaras funerárias (arcos e abóbadas).
Zirugate
- As construções eram feitas em argila, ladrilhos e com estruturas plano-convexas em tijolo de barro, cujas lacunas dos mesmos eram preenchidas com betume, engaço, cana e cizânias.
- Os Sumérios tiveram também um papel importante na joalharia, com os seus delicados trabalhos em marfim, ouro e prata; produziram cerâmica (vasos com pinturas em óleo de cedro), gravuras e selos; trabalhavam muito bem a pedra e a madeira e foram pioneiros na utilização de veículos com rodas.
Cerâmica (Vaso)
- Na escultura empregaram basalto, arenito, diorita, alabastro e alguns metais como o bronze, o cobre, o ouro e a prata, bem como o nácar e as pedras preciosas nos trabalhos mais finos e de incrustração; temática mitológica, geralmente; tipologias - relevos (descrevem cenas de banquetes, oferendas, figuras de sacerdotes e governantes, celebrações de vitórias militares ou construções de templos); grande variedade de estilos e algumas formas geométricas expressivas; as figuras representadas possuem os braços dispostos diante do peito com as mãos juntas, em atitude de oração; geralmente nus da cintura para cima, vestem uma saia com adornos em forma de pétalas sobrepostas, têm cabelos longos e barbas cerradas; o penteado das figuras femininas consiste, predominantemente, num cacho de cabelos dispostos verticalmente, de orelha a orelha.olhos enormes, redondos e saltados, feitos com conchas marinhas e calcário negro.
Gudea, Príncipe do Lagash Venerador Sumério
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