Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2008

A Arte da Antiguidade Clássica - Arte Romana (Contexto político-social)

 

 

" O Império Romano é a civilização helenística, nas mãos  brutais de um aparelho de Estado de origem italiana. Em Roma, a civilização, a cultura, a arte e a própria religião são quase completamente oriundos dos Gregos, ao longo de meio milénio de aculturação; desde a sua fundação, Roma, poderosa cidade etrusca, não era menos helenizada que as outras cidades da Etrúria. Se o alto aparelho de Estado, Imperador e Senado, permaneceram, no essencial, estranhos ao helenismo, em contrapartida, o segundo nível institucional, o da vida municipal (o Império Romano formava um corpo cujo células vivas eram milhares de cidades autónomas), era inteiramente grego. Desde o século II antes da nossa era, a vida de uma cidade do Ocidente latino era idêntica à de uma cidade da metade oriental do império. E, fundamentalmente, era esta vida municipal, completamente helenizada, que servia de quadro á vida privada [e quotidiana].

Roma é um povo que teve por cultura a de outro povo, a Grécia. A vontade de poder da classe dirigente romana era tão grande que se apoderava dos valores estrangeiros como se de um despojo de guerra se tratasse; nunca receou perder a sua identidade nacional, nem despojar-se da sua herança cultural; não foi xenófoba nem integrista. É por tais traços que os grandes povos se reconhecem. "

 

Paul Veyne em: Phillippe Ariès e Georges Duby (dir. de), História da Vida Privada, Do Império Romano ao Ano Mil, Vol. I, Ed. Afrontamento

 

 

 

 

O contexto político-social da Arte Romana

 

- Quando se pensa na Roma da Antiguidade Clássica, vem-nos á memória:

  • a vastidão do seu Império;
  • o poder autocrático, centralizado e divino dos seus imperadores;
  • a modernização do seu sistema jurídico, que foi durante séculos a principal fonte de organização administrativa e judicial da Igreja e dos estados europeus;
  • a meticulosa e disciplinada organização das suas legiões que conquistaram o mundo;
  • o ecletismo da sua cultura, da matriz helenística, associada a uma síntese original de influências múltiplas;
  • o mundanismo das suas elites sociais, em contraste com o esclavagismo (estrato social da Antiga Roma a que pertenciam os homens livres, não-nobres e com menores posses económicas) e as duras condições de vida da plebe (estrato social mais pobre, os escravos);
  • a superioridade da sua civilização material que rasgou estradas, construiu cidades, levantou pontes e aquedutos, desbravou florestas, arroteou campos e fundou indústrias, escolarizou e pacificou, numa gigantesca tarefa civilizacional a que modestamente demos o nome de romanização (acto de aculturação exercido por Roma sobre os diferentes povos do seu império).

- Fruto de uma longa evolução, estas características atingiram o seu auge entre meados do séc. I a.C. e meados do séc. I d.C., a época de ouro da Civilização Romana. Esse período coincide em grande parte com o governo de Octávio César Augusto, cuja acção se manifestou a vários níveis:

  • no plano militar - restabeleceu a ordem e a disciplina após a anarquia e guerra civil dos últimos tempos da República; prossegui com as conquistas e pacificou as províncias, estendendo sobre elas a pax romana;
  • no plano político - reformou o aparelho administrativo central e provincial, reforçando os poderes do imperador ao criar novos órgãos de apoio (Conselho Imperial, Guarda Pretoriana e novo corpo de funcionários dele dependente) e reduzindo os poderes do Senado, das magistraturas e dos comícios;
  • no plano social - apaziguou as lutas sociais, reordenando a população com base na igualdade (teórica) perante a lei, para os cidadãos livres, e fazendo recair sobre o montante do imposto pago (censo que Augusto tornou obrigatório) a possibilidade de se ser eleito para os cargos públicos e políticos, como o Senado e magistraturas. Com estas medidas, garantiu a coesão do corpo social, hierarquizando-o;
  • no plano cultural - usou a prosperidade económica para proteger poetas, escritores, historiadores, intelectuais e artistas, atraindo-os á sua corte e subsidiando as suas obras (início do mecenatismo, actividade cujo nome deriva de um dos mais fiéis conselheiros de Augusto - Mecenas); patrocinou numerosas obras públicas como estradas, aquedutos, pontes e termas; muniu-se de arquitectos e artesãos gregos para reformar ou construir templos, teatros, mausoléus, arcos do triunfo, entre outros e ainda para rasgar um novo fórum dedicado a ele - o Forum Augustum; construi e equipou bibliotecas públicas e fundou escolas;
  • no plano religioso - preocupou-se em restabelecer a religião tradicional, ligando-a ao culto do Imperador de Roma. Esta deposição do poder religioso nas suas mãos permitiu-lhe fiscalizar os sacerdotes e obter a capacidade de interpretar as vontades dos deuses.

- Roma, uma humilde aldeia, surgiu como cidade no séc. VIII a.C. com a união dos Latinos do Monte Palatino aos Sabinos do Monte Quirinal, formando um núcleo urbano forte. Desde aí e até ao séc. IV a.C. o seu crescimento acompanhou o crescimento político e económico do seu povo e a prodigiosa construção do gigantesco império, do qual Roma foi o centro. Dominando, pela sua posição central, o Mediterrâneo, Roma tornou-se o ponto de partida e de chegada das rotas terrestres e marítimas que uniam todas as partes do Império, possibilitando a circulação e intercâmbio de gentes, produtos e notícias veiculadas por políticos, soldados, comerciantes, colonos, escritores, artistas, entre outros. Por todas estas razões o Estado Romano teve sempre grande preocupação com a qualidade de vida da cidade e do seu espaço físico, rasgando vias e praças, construindo aquedutos para o abastecimento  de água, estabelecendo regras construtivas para os edifícios civis e públicos e embelezando-a com monumentos e peças de estatuária que lhe dessem a imponência e o fausto necessários ao poder e ao domínio que a cidade exercia.

- Capital de tão vasto império, a Urbe ou cidade (de Roma), cresceu de uma forma cosmopolita, sendo um exemplo para inúmeras cidades do império, em todas as regiões ou provincias, a nível administrativo e civilizacional, pois os romanos fizeram das cidades, as sedes do seu governo em todas as províncias do império e da vida urbana o mais rápido processo de aculturação das populações; também a nível urbanístico pois o modelo urbano romano foi também adoptado nas cidades novas, em toda a parte do império e inspirou as reformas e melhoramentos urbanos feitos em muitas outras.

- As cidades do império organizavam-se em torno de dois eixos viários ortogonais - o cardo e o décumano. No cruzamento desses dois eixos rasgavam-se os fóruns, centros administrativos, políticos e religiosos. Junto à periferia das cidades, perto das portas, erguiam-se os complexos termais, os anfiteatros e teatros.

- Como assembleia política, o Senado foi a mais velha instituição do Estado Romano, tendo existido desde a monarquia até finais do Império.

Durante a República (510-27 a.C.), foi o órgão principal da vida política romana. Inicialmente possuía funções meramente consultivas, mas com o passar do tempo começou a dominar todos os assuntos da vida pública com carácter deliberativo e normativo. Cabia-lhe, como funções ordinárias, a política externa, as decisões de guerra e paz, a gestão das festas e solenidades religiosas, a administração das finanças e a tomada de medidas relativas à ordem pública; como funções extraordinárias, podia ainda declarar o estado de sítio, suspender os tribunais, intervir no governo das províncias e na gestão do exército, preparar as leis que os comícios deviam votar, entre outras. Tal amplitude de funções, em conjunto com o prestígio dos senadores fez das reuniões do Senado, na Cúria, o palco quotidiano da vida política do império durante a República, onde a arma principal de convencimento era a palavra, a Retórica, ou arte de bem-falar, importante factor no sucesso dos oradores e na condução das discussões e votações. Com o Império, o Senado entrou em decadência. Augusto reduziu o número de membros e retirou-lhe grande parte dos seus poderes: deixou de comandar o exército e de intervir na política externa.

- Durante o Império, a centralização política usou como principal instrumento de coesão do Estado a Lei Romana (conjunto de normas de Direito, superiormente definidas), que aplicada igualmente em todo o mundo romano, uniformizou os procedimentos da justiça e dos tribunais em todas as províncias, sobrepondo-se à diversidade dos direitos locais. A superioridade das leis romanas residia: na racionalidade e na lucidez dos princípios gerais que enunciavam; no pragmatismo e na experiência que colocam na análise das situações do quotidiano; na complexidade das situações que contemplavam e que eram vividas, a todos os níveis, nas várias regiões do império. A aplicação da justiça e a chefia dos tribunais reflectiram também a estrutura centralizadora dos Estado Imperial. Entregue, durante a República, aos magistrados pretores e aos pretores, a administração da justiça passou para a alçada dos imperadores e seus funcionários, no período do Império. O direito de apelação, reconhecido a todos os cidadãos que recorressem à justiça romana, só podia ser resolvido nos tribunais presididos pelo Senado ou pelo imperador, e a este cabia todos os casos de última instância. Desta forma, o imperador centralizou em si, os poderes legislativo e judicial.

- No século de Augusto, a paz e a prosperidade económica, trazidas pelas conquistas e pelo bom governo, proporcionaram aos Romanos o usufruto do ócio (tempo livre) e alteraram esses velhos costumes. Roma e toda a Itália foram invadidas por povos de todas as partes do império. De todas, as que mais contribuíram para a alteração dos hábitos e costumes foram os gregos. Os Romanos apreciavam-lhes o falar, os conhecimentos, a cultura e muitas outras coisas, e imitaram-nos: a língua grega, falada e escrita, passou a ser utilizada entre as elites cultas; os hábitos de luxo instalaram-se nos lares; o exotismo tomou conta do vestuário e dos penteados; os banquetes e os salões privados eram frequentes e a ida ás termas um hábito indispensável; o interesse pela filosofia, música e pelas artes dominaram os meios intelectuais. Na Roma imperial, como divertimento público, popularizaram-se os jogos que inicialmente foram divertimentos para os deuses oferecidos pelos humanos, e a sua realização obedecia a programas e rituais rigorosamente estipulados. Os mais antigos eram as corridas de cavalos, no Grande Circo Máximo, onde se seleccionava o melhor animal, que no fim era solenemente sacrificado e o sangue derramado para purificar e vivificar o solo. Outras das festividades públicas tradicionais eram as Grandes Procissões, que estão na origem das representações teatrais entre os romanos. A esta tradição associaram a influência do teatro grego, dando origem ao teatro romano, cópia do primeiro. O teatro tinha também representação em festividades privadas, nomeadamente em certas cerimónias fúnebres. Os combates entre feras e, mais tarde, entre homens e feras, também eram muito apreciados. A variedade de jogos criados dependeu muito da imaginação dos magistrados, cuja principal preocupação era agradar o poder e o povo.

 

 

A plebe urbana demonstrou apreciar estes espectáculos violentos e sanguinários, enquanto que as classes superiores preferiam  o refúgio nas villas campestres, rodeados de conforto e bucolismo, onde os prazeres do campo se associavam aos da leitura, da música, da filosofia e das artes, que conheceram o seu primeiro mercado privado entre a elite próspera e sofisticada do império.

 
Publicado Por Cíntia Pontes às 11:35
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Terça-feira, 9 de Dezembro de 2008

O Pártenon e Atena Niké

 

Situados no alto da cidade, na acrópole de Atenas, estes templos são dois dos exemplos máximos do génio grego e da perfeição alcançada na arquitectura.

 

 

TEMPLO DO PÁRTENON

 


 

O Templo do Pártenon foi reconstruído sobre estruturas já existentes, no tempo de Péricles, para celebrar a vitória contra os Bárbaros. Pretendia ainda simbolizar a hegemonia de Atenas sobre as restantes cidades gregas no que se refere à cultura, à capacidade naval, ao comércio e à política em que se destacava a sua organização democrática.

O seu nome significa "casa da virgem" e foi dedicado a Athena Pallas, deusa dos atributos guerreiros e da sabedoria, guardiã e protectora da cidade-estado Atenas.

Esta construção assinala o apogeu da arquitectura grega, sendo o edifício mais carismático e esbelto e o maior templo da Grécia Antiga, e demorou 11 anos (447-436 a.C.).

Os artistas que se destacaram na sua construção e decoração foram o escultor Fídias e os arquitectos Íctino e Calícrates.

É um templo dórico, cujas colunas têm um capitel geométrico e muito simples, em forma de almofada. É ainda períptero, por ter colunas a toda a volta, e octástilo pois possui oito colunas na fachada anterior, de entrada, e posterior, e dezassete - o dobro mais uma - nas fachadas laterais; assenta sobre uma plataforma com três degraus e possuia uma rampa de acesso.

 

 

O edíficio é rodeado por uma colunata que ladeia o peristilo, suporta a arquitrave, o friso e a cornija e que lhe confere um carácter particular, onde se une força, robustez e elegância.

O seu corpo central é dividido em três espaços: o pronaos, o naos ou cella, que continha a estátua criselefantina (feita em ouro e marfim) de 12 metros de altura, da deusa Atena Parteno, executada por Fídias, e o opistódomos onde se encontrava guardado o tesoura da "Liga de Delos", que estava a cargo de Atenas. O pronaos e o opistódomos abrem-se sobre um pórtico interno com seis colunas.

 

A cobertura do templo era feita por um telhado de duas águas, que formava os frontões triangulares que eram preenchidos por relevos. Era decorado com cores vivas tais como o vermelho, o azul e o dourado e foi construído em mármore branca que com o tempo adquiria um suave tom dourado.

Reconstituições feitas a computador do templo do Pártenon, com as cores e decoração originais

 

A decoração esculpida encontra-se nos frisos e nos frontões: no friso exterior estão representadas quatro lendas bélicas - na fachada meridional, a luta dos Centauros contra os Lápitas, na fachada ocidental a luta dos gregos contra as Amazonas, na fachada setentrional a tomada de Tróia e na fachada oriental a luta dos Deuses contra Gigantes; no friso interior, ao longo longo da parte superior das paredes exteriores da cella, situa-se o friso jónico contínuo da Procissão das Grandes Panateneias (personagens e animais, organizados em desfile transportando o novo manto em ouro que as jovens atenienses ofereciam à deusa Atena, de quatro em quatro anos); no frontão este está representado o nascimento de Atena, saindo da cabeça de seu pai, Zeus, e no frontão oeste, a disputa da Ática por Atena e Poseídon.

 

Colunas dóricas do templo

 

Pormenor do frontão, dos frisos e das colunas do templo

 



Relevo da fachada meridional - Luta dos Centauros contra os Lápitas

 

 


Relevos das paredes exteriores da cella - Procissão das Grandes Panateneias

  


Detalhe da parte superior do templo, mostrando a inserção do relevo nas métopas

 

Os deuses a assistir á Procissão das Panateneias (fig. cima - Poseídon, Apolo e Artemisa; fig. baixo - Atenas e Hefestos)

 

Relevo da fachada setentrional a tomada de Tróia

 


Relevos do frontão do templo

 

 

Toda a estrutura do templo do Pártenon pode ser lida de uma maneira significativa: o povo eram as colunas; o conjunto dos pórticos de entrada, encimados pelo frontão e colocados paralelamente, funcionavam como orgãos do tear, que era o símbolo de todos os lares gregos; e, por último, o engrossamento das colunas, provocado pela entasis, sugerem visualmente as velas de um barco insufladas pelo vento, que simbolizam o poder bélico e económico de Atenas.


 

 

 

O TEMPLO DE ATENA NIKÉ

 

O templo de Atena Niké ou Niké Áptera (que significa vitória sem asas) é um hino á deusa Niké e à feminilidade que a ordem jónica representa.

 

Construído entre 432 e 420 a.C., o templo ergue-se no muro oriental da muralha da acrópole de Atenas e seguiu o plano do arquitecto Calícrates.

O templo era rodeado por uma balaustrada (espécie de varanda), mais tardia que o templo, que tinha como objectivo proteger os peregrinos do precipício a que se elevava o templo.

Reconstituição feita a computador mostrando a aspecto original do templo com a balaustrada á volta

 

É um templo de dimensões reduzidas, localizado á direita da entrada da acrópole e enquadrado obliquamente em relação ao Propileus (entrada monumental para a acrópole).

Enquadramento do templo no Propileus

 

 

Construído em mármore pantélico, é um templo jónico anfipróstilo, pois possui quatro colunas nas fachadas principal e posterior, que se destaca pela extrema simplicidade.

 

 

Devido ao reduzido espaço para a sua construção, o templo continha apenas uma pequena cella, sem opistódomos.

 

 

A sua requintada decoração, concentrada no friso, é uma obra do escultor Agorácrito. O friso é uma faixa contínua onde aparecem representados os deuses do Olimpo, sentados ou de pé, seguindo atentamente as batalhas entre Gregos e Persas. A balaustrada do templo era decorada com uma série de vitórias aladas (nikái), cujas personagens possuiam atitudes graciosas e grande harmonia de proporções, erguendo troféus e celebrando sacríficios.

Frisos do templo decorados com cenas das batalhas entre Gregos e Persas

 

 

Nos frontões a decoração possuia uma temática diferente: a este, a dos gigantes, e a oeste, a das amazonas.

A decoração esculpida deste templo é um verdadeiro hino à beleza e à harmonia.

Um dos seus mais famosos relevos é a "Niké desapertando a Sandália".

 

Estas figurações não são apenas corpos estruturais envolvidos  em vestuário, mas sim formas moldadas por drapeados flutuantes e transparentes, que fazem sobressair uma sensualidade subtil, que anuncia a arte do séc. IV a.C.

 

 

 

Publicado Por Cíntia Pontes às 15:09
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