ESCULTURA
- A escultura grega cumpriu funções religiosas, políticas, honoríficas, funerárias e ornamentais e possuía uma temática exclusivamente humana;
Relevo funerário
- Dividiu-se em três períodos:
» Período Arcaico (séc. VIII a V a.C.) - Influências das culturas egípcia, assíria, cretense e micénica; materiais como a madeira, a pedra e a terracota; neste período as esculturas mais importantes são os altos e baixos-relevos (quando as esculturas sobressaem da parede com metade ou mais do respectivo volume, ou quando sobressaem com menos de metade, respectivamente), que se encontram principalmente nos frisos, métopas e tímpanos dos templos (neste caso os temas eram principalmente mitológicos pois os templos serviam para o culto divino). As figuras apresentam uma posição hierática (rígida), sem expressividade ou naturalismo; os corpos possuem uma anatomia apontada esquematicamente e gestos bastante rígidos, quase estáticos; geralmente têm a perna esquerda avançada sobre a direita (influência da lei da frontalidade egípcia) e os braços caídos ao longo do corpo ou a mão direita sobre o peito, em sinal de adoração; os rostos são orientalizantes, os olhos oblíquos e amendoados, as maçãs do rosto salientes e a barba e os cabelos simplificados e geometrizados; existiam dois tipos básicos de figuras: o kouros (singular de kouroi), representação masculina de um jovem nu e símbolo da juventude e da plenitude; e a koré (singular de korai), jovens virgens, vestidas com longas túnicas pregueadas e pintadas com cores luminosas, vivas e cintilantes. Os seus rostos simétricos, com leves e enigmáticos sorrisos e cabelos longos, ondulados ou entrançados, possuem uma imobilidade serena e graciosa;
Hera de Samos Dama de Auxerre
Koré de Chios Koré de Peplos Koré dos olhos de amêndoa
Kouros grego
O Moscóforo
- A transição para o período clássico inaugura-se com duas obras em estilo severo (séc. V a.C.), feitas em bronze, que apresentam uma maior expressividade e realismo e um carácter imponente: O Auriga de Delfos e Poseídon (figuras em baixo, respectivamente).
» Período Clássico (sécs. V e IV a.C.) - As figuras ganham uma maior aproximação do real, o tratamento do corpo é muito mais realista e denota-se uma maior expressividade nos rostos, gestos e movimentos e uma preocupação com as proporções, devido á influência dos cânones. A partir do séc. IV a.C., a escultura passa a ser marcada por um aspecto mais gracioso, sedutor, harmonioso, elegante e dinâmico e é introduzido o nu feminino; as figuras ganham uma pose mais elegante e natural, e a beleza do ser humano é idealizada, tentando atingir a perfeição total, com esculturas de jovens nus atléticos e belos; ainda neste período é introduzida a verdadeira noção de vulto redondo, que rompeu com o rigor da frontalidade, podendo as estátuas ser vistas de todos os ângulos; é utilizado o bronze a o mármore branco em praticamente todas as esculturas;
Afrodite de Cnido, Praxíteles O Discóbolo, Míron
Hermes e Dionísio, Praxíteles, cópia romana
Doríforo, Policleto Afrodite de Siracusa, Praxíteles
Ménade, Scopas
Outras esculturas gregas do período clássico
» Período Helenístico (sécs. III a I a.C.) - Neste século, o "realismo idealista" dá lugar ao "naturalismo", seguido do "realismo expressivo". Os grupos escultóricos sucedem-se ás estátuas individuais e desenvolve-se o gosto pelo retrato e pelas cenas do quotidiano que são captadas com tal realismo que dá ênfase até às disformidades físicas do Homem e às representações da infância e da velhice (que até agora não tinham sido representadas); a serenidade típica das esculturas gregas é substítuida pelo dramatismo e pelos efeitos teatrais revelados nos gestos e movimentos, por vezes exagerados, e pelos rostos carregados de emoção. Surge um grande gosto pelas figuras em escorço e pelas contorções do corpo humano, que possui agora formas musculares muito mais acentuadas, elasticidade e grande elegância. Neste período é introduzido, pela primeira vez, o nu feminino na arte grega. Já em pleno período romano, tornam-se populares as conhecidas estatuetas de Tanagra (pequenas figuras em barro policromado), cópias de originais clássicos, inspiradas em cenas pitorescas do quotidiano e da religião, que constítuiram uma arte delicada e requintada de salão, destinada ao consumo privado das elites, o que mostra a complexidade e erudição da sociedade grega deste período.
Estatueta de Tanagra
O Gaulês Moribundo
O grupo Laocoonte
O chamado Gálata Ludovisi, Epígonos
A velha bêbada
O Boxeador do Quirinal
Vénus de Milo Vitória de Samotrácia
Menino com ganso
« A Arte Medieval - Arte Ro...
« A Arte Medieval - Arte Ro...
« A Arte Medieval - Arte Pa...
« ACONTECIMENTO - A coroaçã...
« A Arte Medieval (Contexto...
« A Arte da Antiguidade Clá...
« A Arte da Antiguidade Clá...
« A Arte da Antiguidade Clá...
« ACONTECIMENTO - O incêndi...
« BIOGRAFIAS - O Romano Oct...
« O Estádio e o Teatro Greg...
« A Arte da Antiguidade Clá...
« A Arte da Antiguidade Clá...
« A Arte da Antiguidade Clá...
« ACONTECIMENTO - A Batalha...